Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.

Meus amados missionários,
Fomos instrumentos nas mãos do Senhor para abençoar muitas vidas no mês de maio. Conseguimos ajudar 233 almas a virem às aguas do batismo e confirmação. Precisamos retomar e acelerar o ritmo pois só temos mais 3 semanas em junho. Faz  parte de nosso propósito ajudar as pessoas a irem ao templo. Porém , elas precisam ser batizadas e confirmadas. Eu os convido a dedicar plenamente seus pensamentos ao Senhor. Ele vai nos ajudar a abençoar as vidas de muitas pessoas ainda durante este mês  de junho. Sei que podemos retomar o ritmo e fazermos o que fizemos em maio, ou mesmo melhor.
Ao ponderar sobre a mensagem dessa semana ocorreu-me comentar a Parábola do Bom Samaritano, registrada em Lucas 10: 25 – 37. Eu vejo tantos princípios nessa parábola os quais eu gostaria de compartilhar com vocês. Ela tem início com o seguinte relato:
25 E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a avida eterna?

A pergunta direcionada a Cristo, apesar de tratar de um tema muito relevante (vida eterna) foi  formulada com o propósito de tentar a Cristo. O doutor da lei não tinha real intenção  na vida eterna. Deseja apenas confusão e não conversão. Faltava-lhe o real intento ao questionar o Mestre.

Cristo então respondeu: 26 E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?
27 E respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento; e ao teu próximo como a ti mesmo.28 E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e aviverás.

A resposta dada ao doutor da lei era suficiente. Porém, ainda não satisfeito, continuou a tentar o Mestre. 29 Ele, porém, querendo ajustificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?

A esse questionamento, no contexto de confusão pretendido pelo doutor da lei, em vez de desejo sincero por sua conversão, Cristo ensinou a parábola do samaritano.

30 E respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
31 E, por acaso, descia pelo mesmo caminho um certo sacerdote; e vendo-o, passou de largo.
32 E de igual modo também um alevita, chegando-se ao lugar, e vendo-o, passou de largo.
33 Porém um certo asamaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele, e vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
34 E aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;
35 E partindo no outro dia, tirou dois denários, e deu-os ao ahospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar.
36 Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
37 E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.

Há tantos princípios que podem ser extraídos dessa parábola. O que me chama a atenção é que o Samaritano foi o único a “sair de seu caminho” para ajudar. Ele foi o único a “sair de sua zona de conforto”. A parábola ilustra a tendência daqueles que permanecem em seus caminhos, não ajudam, e destaca a grandeza daquele que resolveu demonstrar amor ao próximo, servindo-o.

O que me chama a atenção também foi o zelo do Samaritano ao ajudar o seu próximo. De forma resumida, diz a escritura que o Samaritano o “acompanhou” e “cuidou dele”.

Quando penso nessa parábola, consigo vislumbrar que todos nós estamos, de alguma forma, trilhando a estrada de Jericó. Nossa vida é essa jornada. Ao longo dela, vamos ter oportunidades para “sair do caminho” e ajudar outros. Ao longo de nossa jornada terrena, vamos poder ajudar outras pessoas e temporariamente deixar de pensar em nossos interesses para resgatar alguém que está ferido.

É por isso que a missão nos aproxima tanto do Salvador pois é um período em que “saímos do caminho” para ajudar outros. É um período em que nossos interesses pessoais são temporariamente colocados em segundo plano, pois o que importa nesse período é agir como o bom samaritano.

É claro que as circunstâncias são diferentes. Os feridos que encontramos não tem chagas ou machucaduras físicas expostas. Suas dores são mais profundas; suas almas reclamam por ajuda. Fomos chamados, como o bom samaritano, para “sair do caminho”, não pensar em nossos interesses e ajudar os feridos que encontramos nessa estrada, mesmo a estrada de Jericó.

O bom Samaritano atou as feridas, deitou o azeite e vinho, levou o ferido à estalagem, acompanhou o ferido e pagou todas as despesas. Em síntese, ele fez tudo que estava ao seu alcance para ajudar aquele homem ferido.

Sempre há uma crítica ao sacerdote e ao levita que não saíram de seu caminho e deixaram de ajudar. Sempre há mais facilidade para nos identificarmos com o bom samaritano. Porém, ao refletir sobre essa parábola eu gosto de pensar: estou agindo continuamente como o bom samaritano ou minhas ações e pensamentos me aproximam do sacerdote e levita? Eu cuido daqueles feridos na minha estrada de Jericó com o mesmo zelo que o samaritano o fêz?

Em minha reflexão, eu consigo entender que agimos como o bom samaritano quando tenho o propósito missionário fundido no coração; agimos como o bom samaritano quando acompanho adequadamente meu pesquisador; agimos como o bom samaritano quando mantenho o foco em salvar e ajudar os feridos que encontro no caminho; agimos como o bom samaritano quando sou obediente com exatidão. Enfim, agimos como o bom samaritano quando aceitamos sair de nossa zona de conforto para ajudar.

A missão de tempo integral é a sua oportunidade para ser o bom samaritano. É sua oportunidade para não passar de largo daqueles que precisam de ajuda. É a sua oportunidade para mostrar zelo e cuidado pelos seus pesquisadores. Este é um período de nossas vidas que paramos para cuidar dos feridos.

Devemos cumprir esse encargo com zelo. O seu pesquisador é o ferido e você tem a oportunidade para servi-lo. Você decidiu sair do seu caminho para servir, assim como o bom samaritano o fêz.

Essa é uma das razões que amo estar ao seu lado, pois vocês formam o verdadeiro exército de bons samaritanos, dispostos a zelar e a cuidar dos feridos.

Há tantas promessas para vocês nas escrituras, porque Deus não é injusto para se esquecer daqueles que o servem.

Quando estamos a serviço do próximo, estamos a serviço de Deus!
Que benção é poder “sair do caminho” por 18 ou 24 meses e poder agir todo o tempo como o bom samaritano.
Quantos você deseja encontrar? Quantos você deseja cuidar? Quantos você deseja salvar? Esse é o tempo para encontrar os feridos e ajudá-los por meio da pura doutrina de Cristo.
Eu oro para que você entenda cada vez mais o seu papel como bom samaritano; eu oro para que você possa ter sempre disposição e força espiritual para ajudar a todos os feridos que estivem em sua estrada de Jericó; eu oro para que você possa cuidar desses feridos, seus pesquisadores, com o mesmo zelo do bom samaritano relatado na parábola ensinada pelo Salvador.
Eu os convido a ponderar essa semana sobre o seu papel como o bom samaritano, aquele que foi chamado para cuidar e zelar dos feridos:
Vamos adiante, com o intuito de ajudar muitas pessoas a curarem suas feridas por meio da expiação da Cristo, trazendo-os ao caminho do convênio, batismo e confirmação.
Amamos muito vocês por tudo que são; por tudo que fazem e por tudo que representam.

Com amor,

Presidente e Sister Leite

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