MUNDO FELIZ, NASCEU JESUS!



Meus amados missionários,

“Mundo feliz, nasceu Jesus. Nasceu trazendo a Luz”.  Esse é o início de um hino  muito tradicional na Igreja, em especial durante esta época de Natal. O nascimento de Cristo trouxe a redenção, trouxe o modelo perfeito e por isso devemos cantar, em santa contrição, hosanas ao Senhor, como entoa o próprio hino.
Ser um missionário durante este tempo do ano é uma benção incalculável. Ainda que estejamos fisicamente longe dos familiares e amigos próximos, temos o grande privilégio de estarmos a serviço daquele cujo nascimento se comemora mundialmente.
Somos enviados por Deus para espalhar novas de grande alegria e espalhar luz. Somos aqueles que levam às pessoas o modelo perfeito, que é Cristo, o Salvador do mundo. Nesse sentido, desempenhamos o mesmo papel dos anjos.
Um dos acontecimentos relacionados ao nascimento de Cristo está registrado em Lucas 2:8-10. Lemos a seguinte narrativa. “Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho”.
Na época de Cristo, a profissão de pastor de ovelhas era relativamente comum. Ter um rebanho de animais e cuidar desse rebanho era uma atividade exercida  com o propósito de prover os recursos necessários para a família. De fato, a escritura narra um grupo de homens que estava trabalhando no campo.

Assim, se fôssemos escrever esse versículo atualmente, talvez pudéssemos escreve-lo assim:   “Havia naquela cidade pessoas que estavam cuidando de suas responsabilidades para que pudessem prover para suas famílias”. A escritura em Lucas continua. E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor.

De acordo com essa narrativa, o anjo do Senhor, um enviado de Sua presença, visitou aqueles homens, e a glória do Senhor os cercou de resplendor. A luz daquele anjo se espalhou a ponto de ser notado pelo grupo de trabalhadores do campo. A escritura conclui dizendo que eles “tiveram grande temor”. O versículo 10 então conclui: 10 E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo.

O enviado de Deus disse aos pastores que não deviam temer porque a mensagem que trazia consigo era de  novas de grande alegria. Ao ponderar sobre essa escrituras eu vejo grande semelhança entre a designação do anjo e o trabalho missionário que realizamos. Quantas vezes nos aproximamos de homens e mulheres, ainda que estejam em seus lares, nas ruas, ou mesmo trabalhando e ao nos aproximarmos eles podem sentir a luz que carregamos como representantes de Cristo, mesmo um resplendor. Porém, assim como os pastores, que trabalhavam no campo, muitos podem ter grande temor.
Algumas das pessoas que nos aproximamos podem temer por suas tradições e fecham seus corações; alguns temem mudar de vida e escolhem permanecer na escuridão. Porém, o mais importante, é que assim como os pastores em Belém, muitos reconhecem a luz e decidem segui-la. Os pastores a seguiram, porque um anjo a anunciou.
O mais importante e a grande benção para cada um de nós é que fazemos a mesma coisa que o anjo fez: anunciamos as boas novas. Em nossas missões, somos os anjos que anunciam as boas novas aos trabalhadores atuais e a todo povo. Somos os anjos que fomos chamados por um Profeta de Deus para levar essas boas novas. Somos os anjos que ajudam as pessoas a reconhecer a luz de Cristo e as convidamos a seguir essa luz.
Portanto, em vez de deixar a saudade de vossas famílias eventualmente tomar o vosso coração e foco, lembrem-se que vocês são os anjos chamados pelo Senhor, para anunciar as boas novas. Os pastores em Belém inicialmente temeram, mas depois seguiram a luz. Muitos que vamos abordar talvez temam, mas muitos e muitos seguirão a luz, por seu intermédio.
Cristo é tão amoroso e sábio que Ele compartilha conosco a chance de também experimentarmos  a alegria do nascimento, em qualquer tempo de nossas vidas. Quando decidimos seguir Sua luz, seus mandamentos e nos arrependemos; quando O imitamos na Sua humildade, por meio de um coração quebrantado e um espírito contrito, nos qualificamos para nascer de novo por meio do batismo e confirmação.
Você, como um missionário, é aquele que anuncia as boas novas para que os filhos de Deus possam segui-las e assim venham a experimentar a alegria de um novo nascimento.
Nas reuniões da Igreja, em especial no Natal, cantamos, “Mundo Feliz, nasceu Jesus”. Porém, em cada reunião batismal, em cada confirmação, poderíamos também cantar. “Mundo Feliz, nasceu o Paulo”; “Mundo Feliz, nasceu a Neide”; “Mundo Feliz, nasceu o Igor” e assim por diante. A cada batismo, a cada confirmação, poderíamos entoar esse hino de alegria, pois a exemplo de Cristo, cada uma dessas pessoas também nasceu novamente por meio do batismo e da confirmação. De forma semelhante, elas foram visitadas por um anjo, que lhes ensinou boas novas; venceram o temor, seguiram a luz e presenciaram o próprio renascimento.
Como missionário, você é aquele que ensina sobre o modelo perfeito para as nossas vidas. O mesmo Salvador nos perguntou: “Que classe de homens deverei ser”. E Ele mesmo respondeu. “Devereis ser assim como Eu sou”. Ele é o modelo perfeito, a quem devemos imitar, a quem devemos nos moldar.
Ao pensar em modelo perfeito, alguns exemplos vêm à mente. Um deles, é a confecção de uma chave. Muitos de vocês já precisaram fazer a cópia de uma chave e assistiram ao processo de moldar um material conforme um modelo. Este processo é mais ou menos assim.  Entrega-se a chave original, o modelo, pra o chaveiro. A partir desse modelo um outro pedaço de metal é moldado.
Este outro pedaço de metal é cortado, é limado, conforme o modelo que se pretende moldar. Se esse outro pedaço de metal pudesse falar algo, ele certamente iria reclamar que a moldagem está lhe causando alguma dor, pois o corte do material para se adequar ao modelo, o refinamento dos cortes por meio de uma lima afiada, pode ser visto como um procedimento supostamente doloroso.
Porém, não se faz uma chave de outra forma. É necessário um molde, é necessário o corte de acordo com esse molde e é necessário o refinamento dos cortes, por meio da lima. Tudo isso executado por um exímio chaveiro. Essa nova chave vai poder abrir a porta para a qual ela foi moldada.
Exemplidicamente, nos convidamos as pessoas a passarem por este processo de moldagem, para que se submetam às mãos de um chaveiro amoroso, mesmo o Pai Celestial, que deu o seu filho unigênito, como modelo perfeito, o molde, para que nos moldemos. Pode ser dolorido às vezes deixar de temer o mundo, as tradições, largar os vícios, se afastar do pecado, submeter a sua vontade à vontade de Deus. Porém, as portas dos céus não serão abertas sem que tenhamos feito tudo para nos tornar como o modelo perfeito, mesmo Cristo, e adequemos, assim, a nossa vontada àquele que nos molda.
Que nesta época do ano você possa ter o seu coração cheio de alegria por ser um enviado de Deus para anunciar as boas novas. Que a sua compreensão acerca de seu chamado como missionário possa ser ampliada, na medida em que se esforça para se tornar um instrumento mais afiado nas mãos de Deus, mesmo um anjo, com o intuito de ajudar a muitos a experimentarem  um “Mundo Feliz”, por meio do renascimento em Cristo. Que você não se canse de convidar às pessoas ao “chaveiro amoroso”, que a partir de um molde perfeito, mesmo o Salvador, possam alinhar suas vidas a Ele e assim tornarem-se, em família, as chaves para as mansões celestiais que estão preparadas.
Eu testifico que Cristo é o molde perfeito. Ele é nosso Redentor. Ele vive. Ele nos ama. Testifico que você é um representante Dele. Eu testifico que o Pai Celestial é o chaveiro amoroso, que estabeleceu um plano de felicidade. Saibam que os amamos e nos sentimos tão gratos por estar na missão mais este Natal e poder, como missionários, viver essa grande alegria.
Por fim, ao falarem com suas famílias, transmitam a eles o nosso amor e a gratidão pelo apoio que dão a vocês, nesse encargo sagrado de serem verdadeiros anjos do
Senhor.

Com amor,
Presidente e Sister Leite

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