“E este evangelho será pregado a toda nação e tribo e língua e povo” (D&C 133: 37)
Amados
missionários,
Esta semana marca o início de mais uma transferência.
Missionários queridos retornarão para casa depois de entregarem a sua oferta de
serviço ao Senhor. Vamos sentir falta deles mas sabemos que continuarão a
edificar o Reino em suas respectivas estacas e que nos encontraremos em algum
momento a serviço do Salvador. Por outro lado, vamos receber 16 novos
missionários. Eles vêm do México, da Guatemala, dos Estados Unidos, da
Argentina, de El Salvador e de vários Estados do Brasil. Desde já eu os
convido a recebê-los com os braços abertos bem como estendo o convite para que
os ajudem com um exemplo de retidão e trabalho duro.
Pensem por um instante no milagre que é receber missionários
de toda parte do mundo. Por si só, isto é o cumprimento da profecia de que este
evangelho seria pregado a toda nação, tribo, língua e povo. Este evangelho vai
varrer o mundo e é a nossa oportunidade fazer parte desta grande obra e tornar
esta contribuição significativa.
Este final de semana eu e a minha família tivemos uma
experiência marcante que nos ensinou mais uma vez que por meio de pequenas
coisas provém as grandes bem como nos ensinou que o evangelho vai chegar a
todos os cantos da terra. Eu gostaria de compartilhar esta experiência com
vocês.
Tudo começou em abril deste ano. Eu tenho um grande amigo em
São Paulo. Seu nome é Moroni Costa. Moroni é filho de Élder Cláudio Costa,
autoridade geral que até recentemente era o Presidente da Área Brasil. Moroni
serve como Primeiro Conselheiro na Estaca Ferreira, na mesma Estaca em que pude
trabalhar como Presidente.
Em abril, esse amigo me ligou e falou sobre uma família
membro da Igreja que morava em Icapuí, uma cidade próxima de Aracati. Moroni me
informou que fora bispo deles e que agora eles moravam em uma cidade que não
havia Igreja. Esta família, formada pelo irmão Jetter, um missionário
retornado, sua esposa Ana Paula, suas filhas Melissa e Alice. Moroni ainda
informou que a filha mais velha, Alice, estava em idade de batismo e que o pai
estava preocupado pois não sabia o que fazer para que a sua filha pudesse
receber essa ordenança.
Icapuí é uma cidade que fica na área territorial de nossa
missão. Assim, eu poderia agir. Como Presidente da Missão, as chaves do batismo
daquela jovenzinha estava comigo e eu não poderia deixá-la sem essa ordenança.
Desta forma, entrei em contato com os Elderes de Aracati que
com grande esforço chegaram até a família do irmão Jetter. Ali, conheceram a
sua família e a Alice. Eles ensinaram e batizaram a Alice.
O batismo de uma jovem de 8 anos, que mora numa pequena
cidade, cujos pais, em razão da distância, estavam menos ativos pode ser visto
como um evento simples. Porém, não aos olhos do Senhor. O batismo de Alice
acendeu a chama missionária daquela família. O batismo de Alice acendeu a chama
missionária de muitos outros membros da família, até que essa chama chegou à
família do Sr. Oséias e Regina, um casal eleito, pais de 3 filhos maravilhosos:
o Kleiver, de 22 anos, o Kelvyn de 19 anos e o Kleyton de 16 anos.
Regina vem de uma família de 7 irmãs e 4 irmãos. Todas as
suas irmãs são membros da Igreja, menos ela. Regina sempre foi abordada pelas
irmãs sobre o evangelho mas ela nunca se interessou. Porém, agora ela mora em
Icapuí, próxima de Jetter e Ana Paula, próxima de Alice.
O batismo de Alice fez com que todos os familiares se
esforçassem em falar com Regina e seu esposo para que ouvissem as mensagens
missionárias. E foi isto que aconteceu.
Em 09 de maio deste anos, uma irmã distante de Regina, membro
da Igreja, que mora na Califórnia me mandou uma mensagem pedindo que os
missionários ensinassem a família de sua irmã Regina. Imediatamente eu contatei
Elder Machado e Elder Ozorio que marcaram a primeira lição. Chegar até eles não
era algo simples. Eles moram relativamente distantes do centro de Icapuí. Os
Elderes precisaram caminhar por aproximadamente 1 hora, por um terreno arenoso
até a casa deles. Porém, ali estava uma família eleita. Ouviram com atenção
cada mensagem. Progrediram, aceitaram os compromissos, leram o Livro de Mórmon
e ontem (sábdado, 04 de agosto, 2018) essa família composta do pai (Oseias),
mãe (Regina) e os filhos acima informados foram batizados. Segue abaixo algumas
das fotos.
O batismo desta família eleita e a reativação da família da
Alice, por meio de seu batismo, permitiram a criação de um grupo naquela
cidade. Desta maneira, temos naquela pequena cidade, um irmão missionário
retornado (Jetter) selado à sua esposa (Paula), mais duas filhas a Melissa e a
Alice, que foi recentemente batizada. Essas duas famílias, ligadas por
parentesco, estão agora ligadas também pela mesma causa, o evangelho de Jesus
Cristo. Ainda residem naquela pequena cidade, outras famílias da Igreja que certamente
serão reativadas.
Hoje tivemos nossa primeira reunião sacramental. Eu estive
presente e pude presidir a reunião. Eramos 21 pessoas. Nessa reunião,
tivemos a oportunidade de apoiar todos os irmãos ao Sacerdócio Aarônico e
ordená-los ao ofício de Sacerdote. Vejam as fotos abaixo.
Ao presenciar o progresso dessa família, ao ver o Senhor agir
por meio de amigos e parentes, ao ver um ato pequeno como o batismo de uma
jovenzinha de 8 anos, que resultou no batismo de uma família eleita, composta
de 5 pessoas, todas em condições e com grande desejo de servir, que tornaram
possível levar o evangelho a mais uma cidade, eu não tenho como deixar de
reconhecer que a mão do Senhor conduz esta obra.
A família do irmão Jetter e Ana Paula, pais de Alice, eram
praticamente meus vizinhos em São Paulo. Porém, fomos conectados por um grande
amigo comum, Moroni Costa, aqui no Ceará. O batismo de sua filha Alice, algo
simples, mas poderoso para acender a chama de outra família, que por muitos
anos conhecia a Igreja, tinha até frequentado algumas vezes, mas nunca se
interessou. Foi em Icapui, quase uma vila, que esta família eleita veio a
receber as ordenanças do batismo, da confirmação e do sacerdócio.
Este final
de semana vai ficar marcado para sempre no meu coração e no coração de minha
família. Um testemunho vivo de que o Senhor conduz esta obra. De nós é apenas
requerido que façamos o nosso melhor, para que Ele nos conduza aos Seus
eleitos.
Se O
servirmos como todo nosso coração, poder, mente e força, eu não tenho dúvidas
que Ele vai nos guiar aos Seus eleitos. Precisamos constantemente fazer as
pequenas coisas; fazer muito bem o que está ao nosso alcance e então Ele nos
tornará instrumentos em Suas mãos para a salvação de muitos.
É por isso
que oro pelos 3.000 batismos. Eu sei que podemos encontrá-los. Eu sei que o
Senhor vai nos ajudar. Mas precisamos desejar, orar, trabalhar e fazer as
pequenas coisas continuamente. Ele vive e vai te levar aos eleitos. Lembre-se
do poder que a tua fé tem de ajudar os eleitos do Senhor a reconhecer a Sua
voz. Faça a sua parte e deixe o Senhor fazer a Dele.
Vamos
adiante, rumo aos 3.000!
Com
amor,
Presidente
Leite.
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