Companheirismo: Fonte de aprendizado e poder espiritual
Amados missionários,
Muito obrigado por suas cartas
e ligações durante a semana passada em lembrança e comemoração do meu
aniversário. Não teria melhor lugar para passar o aniversário do que junto com
vocês!
O aniversário foi meu mas
Sister Leite e eu gostariámos de presentear você com um vídeo novo em
comemoração aos 2 anos de nossa missão. Elder Pasini fez um grande trabalho na
coleta das fotos e edição. O vídeo está disponível no Blog da Missão. Espero
que vocês gostem.
Esta semana eu também gostaria
de destacar que aproximadamente 160 Presidentes de Missão e esposas iniciaram
seus chamados em várias missões do mundo. São casais e famílias dedicadas ao
Senhor que aceitaram este grande chamado de participar do trabalho de Salvação,
à frente de missionários maravilhosos, assim como todos vocês.
Dentre esses Presidentes de
Missão eu tenho vários amigos. Mas há um amigo em especial cuja amizade iniciou
a ser nutrida faz mais de 30 anos. Seu nome: John Taggart Marsh. Agora,
Presidente Marsh.
Este querido irmão e sua esposa
foram chamados para presidirem sobre a missão Brasil Campinas. Creio que todos
vocês sabem que Campinas é a minha cidade natal. Porém, Presidente Marsh é
especial para mim não apenas por essa razão, mas porque ele foi meu
companheiro, quando servimos juntos em Curitiba. Eu me lembro bem do tempo
que servimos, das famílias que ensinamos, dos treinamentos que participamos, do
aprendizado, do suor, das lágrimas, dos risos e de tudo que pudemos fazer como
missionários e companheiros nesta grande obra. Trabalhar com ele novamente,
mesmo que em partes diferentes da vinha, mas no mesmo chamado, é muito especial
para mim e eu gostaria de compartilhar isto com vocês.
Esta experiência me fez
refletir mais uma vez sobre benção que é ter um(a) companheiro (a) na missão e
acerca da importância de desenvolver amor fraterno por aquele ou aquela que o
Senhor designou para servir conosco por um breve período de tempo e cuidar dele
ou dela.
Pela boca de duas ou mais
testemunhas
Não fazemos esta obra sozinhos.
Além do Espírito como professor e testificador, precisamos do testemunho de
nosso(a) companheiro(a). Lemos em 2º Corintions 13:1 É esta a terceira vez que vou ter convosco. Pela
boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda palavra.
O seu testemunho não é
suficiente. Por mandamento divino, precisamos do companheiro para testificar
conosco. É
isto que as escrituras nos ensinam: “ Ireis no poder do meu Espírito, pregando
meu evangelho, de dois em dois”. (D&C 42:6). Para que o Espírito confirme este testemunho, você precisa ser
grato, amar e reconhecer a benção do seu companheiro(a).
Aprender a doutrina do Reino
Precisamos de nosso companheiro
para aprender. Lemos em D&C 88:77: E dou-vos um mandamento
de que vos ensineis a doutrina do reino uns aos
outros. Que grande benção é
poder aprender a doutrina do Reino com o(a) companheiro(a). Há um momento
sagrado no seu dia que é o estudo com o seu companheiro. Durante este tempo,
você pode edificar e ser edificado. Pregar Meu Evangelho nos ensina que “
Os propósitos do estudo com o companheiro são: (1) edificar a união em sua
dupla para ensinar pelo Espírito e (2) concentrar-se no progresso das pessoas
que você estiver ensinando.
Os companheiros e companheiras se apóiam mutuamente.
Os grandes profetas sempre tiveram companheiros que os
apoiaram. Moisés, teve Aarão. Elias, teve Eliseu. Joseph Smith teve Oliver
Cowdery, Hiram Smith e outros. Mesmo o Salvador buscou seus companheiros nas
horas mais difíceis. Quando Amuleque ensinava Zeezrom, após silenciar-se em seu
ensino, Alma imediatamente continuou a apoiar o ensina de Amuleque, é o que
lemos em Alma 12:1: Ora, vendo que as palavras de
Amuleque haviam silenciado Zeezrom, pois dera-se conta de que Amuleque o havia
apanhado em suas mentiras e ardis para destruí-lo; e vendo que
ele começava a tremer, consciente de sua culpa, Alma abriu a boca
e começou a falar-lhe e a confirmar as palavras de Amuleque e a explicar outras
coisas, ou seja, a esclarecer as escrituras além daquilo que Amuleque fizera.
Precisamos de nossos companheiros para desenvolvermos
atributos de Cristo. Precisamos de nossos companheiros para sermos protegidos.
Precisamos de nossos companheiros para planejar. Precisamos de nossos
companheiros para fazer esta obra.
Pregar Meu Evangelho, na página 193, nos ensina: “Seu ensino
será mais vigoroso e interessante se você e seu companheiro trabalharem
juntos em união” . Lemos também em D&C 52:9-10: 9 E partam de lá pregando a palavra pelo caminho,
dizendo nada mais do que escreveram os profetas e apóstolos
e o que lhes for ensinado pelo Consolador por meio da oração da fé. 10 Que vão
de dois em dois e assim preguem pelo caminho em todas as
congregações, batizando com água e impondo as mãos quando
saírem da água.
Não podemos deixar nossos companheiros sozinhos, em momento
algum. Precisamos vê-lo(a), ouvi-lo(a) todo o tempo. Este é um período para que
você construa memórias e saudades, junto com seus companheiros. Precisamos
cultivar este relacionamento e este amor fraterno. Precisamos tornar este
relacionamento, um relacionamento sagrado, pois ambos se tornam instrumentos
nas mãos do Senhor para testificar e convidarem a Cristo. Sua primeira e maior
designação, é cuidar de seu companheiro ou companheira. Ele ou ela é sua
responsabilidade!
Eu estou feliz por reencontrar um companheiro, alguém cujo tempo
e a distância não tiveram o efeito de romper os laços que foram construídos há
tanto tempo atrás. Ele me ajudou a ser melhor e sinto que eu também o ajudei.
Estou feliz por ele ter construído uma bela família, assim como eu também pude
construir a minha família. Estou feliz, assim como Amon, por reencontrar um
irmão, um companheiro, que tem perseverado e servido.
Temos no quórum dos Doze Apóstolos Elder Cook e Elder Holland,
que foram companheiros na Missão Britânica. Estou certo que o companheirismo
deles os ajudaram ao longo de suas vidas. Elder Christofferson, do Quórum dos
Doze, foi companheiro de Elder Zwick e tantos outros, que se apoiaram e se
ajudaram e agora se reencontraram na vinha do Senhor.
Encerro com uma pergunta: o que o seu companheiro ou companheira
vai dizer de você depois de muitos anos após a missão? Como será a sua alegria?
Eu prometo, que se tornarem este relacionamento sagrado, se protegerem e
ajudarem um ao outro, se orarem, estudarem juntos e contruírem união, você vai
se sentir como Amon, que exclamou ao ver o êxito de seus irmãos, mesmo seus
companheiros: “ minha alma enleva-se tanto que parece separar-se do corpo, tão
grande é minha alegria” (Alma 29: 16). Cuide do seu companheiro e
companheira!
Com amor,
Presidente e Sister Leite
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