Fomos desafiados a batizar o dobro do que estamos batizando. Sei que podemos pois tudo e possível ao que crê



Amados missionários,

Este final de semana foi bem especial! Tive a oportunidade de acompanhar a dedicação da Capela de Barbalha. Foi maravilhoso ouvir as histórias de fé de muitos daqueles irmãos, o que inclui o Bispo João Cruz, um homem de apenas 24 anos de idade e que tem se dedicado tanto para a Igreja, desde o seu batismo. Graças ao sacrifício dele e de tantos outros irmãos, o que inclui muitos de nossos amados missionários, foi possível construir e dedicar mais um edifício de adoração em nosso país. Agora, a região de Juazeiro do Norte possui 3 belas capelas e tenho certeza que não vai parar. Muitas outras serão construídas.

Este final de semana eu também vim para Iguatu. Escrevo para vocês de Iguatu. Assisti a uma bela reunião no ramo e pude sentir o mesmo espírito pioneiro nesta parte da vinha. Estou certo que também teremos uma capela na cidade de Iguatu e todos que ajudaram a estabelecer a Igreja nesta região se regozijarão com os frutos nessa cidade.

Há duas semanas atrás, Sister Leite e eu estávamos em São Paulo, para uma reunião de seminários de Presidentes de Missões e esposas. Naquela ocasião, todos os setentas de área que servem no Brasil também estavam presentes. Foi a primeira reunião logo após a Conferência Geral. A Presidência da Área Brasil se reuniu conosco no mesmo dia em que chegaram da viagem aos Estados Unidos.

Neste treinamento, nossos queridos irmãos da Presidência da Área nos trouxeram o senso de urgência do Presidente Nelson e do Quórum dos Doze. As mudanças anunciadas recentemente nos mostram essa urgência. Especificamente em relação à obra missionária, aprendemos que precisamos acelerar o passo e fomos desafiados a dobrar os batismos!

Eu aprendi desde pequeno que devemos apoiar nossos líderes e confiar que o Senhor vai preparar um caminho. Esta semana, por exemplo, tivemos 46 confirmações. Semana passada, tivemos 36. Já estamos seguindo por este caminho de dobrar batismos e confirmações. Sei que podemos. Desde já eu desafio a todos vocês a fazer um esforço continuo para que nesta semana possamos dar mais alguns passos no caminho que fomos desafiados e assim aumentar batismos e confirmações.

Tenho ponderado desde que este desafio nos foi colocado e desde então pude escrever dois informativos que sinto podem nos ajudar. O primeiro deles fala sobre nossa natureza divina. Sinto que o Senhor tem altas expectativas para nós, em todos os sentidos, porque Ele sabe de nosso potencial. O segundo informativo fala sobre “Assim, como o homem pensa, ele é”. Sinto que vamos dobrar os batismos se fizermos uma oferta completa ao Senhor, dedicando a ele cada pensamento e desejo de nosso coração, para a Sua obra.

Essas mensagens podem nos ajudar a entender melhor a doutrina de expectativas elevadas bem como sobre o poder da fé e diligência. Eu os convido a lerem aqueles textos novamente, mas agora tendo em mente este desafio de dobrarmos os batismos de nossa missão.

Também ao ponderar sobre este senso de urgência de Presidente Nélson, me veio à mente o que está escrito em Jacó 5, no Livro de Mórmon, que nos ensina:

“E aconteceu que o Senhor da vinha enviou seu servo; e o servo fez como lhe ordenara o Senhor e trouxe outros servos; e eram poucos. E o Senhor da vinha disse-lhes: ide trabalhar na vinha com todo o afinco, pois eis que esta é a última vez que trato da minha vinha, porque o fim está próximo e o tempo rapidamente se aproxima; e se trabalhardes comigo, com afinco, tereis alegria no fruto que guardarei para mim...”

Percebam que o Senhor já declarou sermos poucos, porém, precisamos trabalhar com afinco, pois esta é a última vez que o Senhor trata da vinha. Assim, este senso de urgência demonstrado pelo Presidente Nélson, não me surpreende. Precisamos ter o senso de urgência dos últimos tempos.

Esta semana eu li uma pequena estória que ilustra um pouco melho o poder do foco no trabalho, que eu gostaria de compartilhar com vocês.

“Um certo dia, uma irmã procurou o bispo de sua ala e lhe disse o seguinte: bispo, tomei uma decisão e gostaria de te comunicar. O bispo disse:qual é a sua decisão? Ela respondeu, decidi me afastar da Igreja. Então, o bispo de forma paciente, perguntou. Por que? Ela esclareceu ao bispo que se sentia frustrada, pois sempre que vinha à Igreja via jovens usando o celular e teclando durante a reunião sacramental; destacou que ouvia pessoas falando mal dele e de outros membros da ala; disse que os discursos eram  chatos e não se sentia inspirada nas reuniões. Após ouvir este relato, o bispo lhe pediu um favor e lhe disse: irmã, você poderia encher um copo com água e colocar este copo em um prato? Poderia também dar duas voltas ao redor da capela, segurando este prato sem que o copo ou a água caia? Depois disso, queira voltar para continuarmos nossa conversa. A irmã achou estranho mas aceitou a designação. Depois de algum tempo ela retornou e o bispo lhe pergunto: Irmã, durante o seu trajeto ao redor da capela, você viu alguém usando o celular? Ouviu alguém falar mal de alguém ou viu algo que te frustrou? A irmã respondeu: bispo, eu estava com tanto foco no copo e no prato que eu estava carregando que eu não consegui ver mais nada. O bispo então lhe ensinou uma lição preciosa: Querida irmã, é assim que você deve se comportar quando vem à Igreja. O seu foco em Cristo deve ser tão intenso que nada mais vai tirar a sua atenção. O seu foco em servir e ajudar a outras pessoas deve ser muito maior que a sua sensibilidade para se distrair com as falhas de outras pessoas”

O relato acima nos ensina um princípio importante. Quanto estamos destinando nossos pensamentos, desejos e ações para o nosso propósito missionário, não dá tempo para nos distraírmos com outras coisas que podem tomar nossa atenção.

Eu tenho um sentimento muito forte que ao desenvolvermos continuamente senso de urgência, com foco constante em nosso propósito, sem olhar para distrações, o Senhor vai nos abençoar com mais milagres, batismos e confirmações. Ele está pronto para nos abençoar, mas precisamos continuamente “olhar para o copo cheio de água, que carregamos em nosso prato”.  Em outras palavras, ao mantermos um foco em nosso propósito, vamos encontrar os milagres, mais e mais.

Gostaria também de desafiar a cada um de vocês a estabelecer um plano para a sua área, de como você poderá dobrar os batismos de sua área. Em algumas zonas, nós já nos reunimos e discutimos esses planos. Lembre-se: Presidente Nelson nos ensinou que temos direito à revelação pessoal. Podemos saber com exatidão o que mais precisa ser feito para abençoarmos mais e mais pessoas e efetivamente dobrarmos nossos batismos e confirmações. Esses planos certamente devem conter mais trabalho com os membros; mais distribuição de Livros de Mórmon; mais convites para levar pessoas ao templo; mais lições com os membros; maior envolvimento do conselho da ala; conquistar o Rei dos Lamanitas e o Rei Lamoni.

Além dessas ferramentas, aprender a usar os indicadores chave como seus amigos é fundamental

Muitas outras coisas podem ser feitas de sua própria inciativa. Por exemplo: um de nossos missionários sentiu que deveria carregar consigo um macacão batismal e ao mostrar aos membros, ele perguntava: “irmão, você conhece alguém que caberia bem nesta roupa batismal?”. Outra dupla resolveu fazer um campeonato de futebol usando a quadra da Igreja (naturalmente eles não jogam) e trouxeram 16 jovens para a capela, os quais estão sendo ensinados e batizados, pouco a pouco. Outros levam pesquisadores para a capela por meio de aulas de Inglês e/ou Espanhol. Outros vão as rádios e falam da Igreja. Enfim, você é seu próprio agente e deve fazer muito de sua própria vontade. Deve buscar revelação pessoal, como ensinou Presidente Nelson.

Devemos ter expectativas elevadas, pois o Senhor sempre demostrou expectativas elevadas para conosco; devemos compreender que essas expectativas elevadas decorrem de nosso próprio potencial divino. Devemos aprender a ofertar integralmente ao Senhor. Nossos desejos, pensamentos e foco, devem estar plenamente voltados para a obra.

Testifico que depois que fizermos tudo que o Senhor nos pede, Ele vai fazer o milagre. Primeiramente a nossa fé deve ser testada e demonstrada por meio de ações e depois Ele atuará por meio de milagres.

Eu creio que poderemos dobrar os batismos e confirmações. Eu creio nos 3.000 batismos este ano. Eu creio que poderemos ter mais capelas sendo dedicadas em nossa missão. Eu creio que poderemos ter mais e mais milagres. Eu o desafio a crer de todo seu coração para que você possa buscar esses milagres.

Por fim, compartilho um milagre especial dessa semana, para que a tua fé em milagres possa aumentar. Um jovem recém converso é um cadeirante. Após a sua conversão ele desejou muito compartilhar o evangelho com a sua família e o seu primo aceitou o evangelho. Este jovem, porém, tinha o desejo de entrar nas água do batismo e batizar seu primo. Como seria possível fazer isso, sendo um cadeirante? O desejo e a fé desse jovem operaram um milagre. Confiante no Senhor, ele entrou na pia batismal e se firmando no cano interno da pia e com alguma ajuda, ele consegui ficar em pé e batizou o seu primo.

Ora, se o Senhor pode fazer o paralítico batizar o primo, ele pode nos levar aos Seus eleitos, basta que tenhamos fé e trabalhemos conforme esta fé. Tudo é possível ao que crê.

Afaste a dúvida, trabalhe duro, faça uma oferta completa ao Senhor, por meio de seu foco e obediência, e você vai sentir o poder espiritual necessário para dobrar os seus batismos. Tudo é possível ao que crê.
Com amor,
Presidente Leite

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