Vamos usar o tempo com sabedoria?


Amados missionários,

Espero que vocês tenham ponderado bastante sobre as últimas mensagens relacionadas à obediência exata e so-bre levar as pessoas ao templo. Mais do que isso. Espero que tenham compreendido que para levar as pessoas ao templo, precisamos ser obedientes com exatidão. Não me canso de destacar a importância de sermos obedientes com exatidão e que esta obra não se encerra com o batismo. A doutrina de Cristo envolve o 5º princípio: perservar até o fim. Desta forma, a visão de ajudar os conversos a irem ao templo precisa estar fixada em nossos corações. Queremos sim batizar sempre mais. No entanto, precisamos confirmar, registrar e levar essas pessoas ao templo.
Também nunca me canso de falar sobre a importância de trabalharmos com os membros. Cada membro é um mis-sionário, já dizia o Presidente David O Mckay. Mais recentemente, o Presidente Monson ensinou: “agora, é o tem-po em que membros e missionários devem trabalhar juntos”. Portanto, esses são ensinamentos proféticos que não podem sair de nossas mentes e corações.
Nesta semana eu gostaria de enfatizar um aspecto de nosso trabalho: a importância de usar o tempo com sabedo-ria.
Todos nós recebemos dois grandes presentes de Nosso Pai Celestial:
1 – Um dia com 24 horas;
2- O direito de escolher o que fazer com essas 24 horas. A escolha adequada e o uso sábio do tempo vão nos tornar pessoas mais próximas do Salvador e verdadeiros realizadores em Sua obra.
Ao longo de minha vida tenho convivido com pessoas que têm grandes sonhos. Pensam grande em vários aspectos de suas vidas. Isto é muito bom. Porém, não são sábios no uso de seu tempo tampouco nas escolhas que fazem. Parecem como aquele viajante que inicia a jornada para o lugar de seus sonhos, mas se perde no caminho, tendo que se contentar a ouvir sobre outros que chegaram ao destino desejado enquanto ele ou ela precisa conviver com a ausência do destino inicialmente desejado.
O que podemos fazer para usar esses dons especiais, o tempo e o direito de escolha, para que não fiquemos no meio do caminho, fazendo coro com outros viajantes que desejavam chegar mas não chegaram?
A resposta está em seu chamado missionário. Cada um de vocês, ao ser chamado para esta obra teve a oportunida-de de ler e aceitar o seguinte: “Esperamos que devote todo seu tempo e atenção ao serviço do Senhor, desligando-se de todos os seus afazeres pessoais. Ao fazê-lo, o Senhor o abençoará e você se tornará um defensor e mensageiro eficaz da verdade. Depositamos nossa confiança em você e oramos para que o Senhor o ajude a cumprir com suas responsabilidades no desempenho dessa sagrada designação”
É comum as pessoas viverem em uma época da vida pensando em outra. Alguns se debruçam sobre as preocupa-ções com o futuro. Como vai ser a minha vida depois da missão? Será que vou ter um emprego? Vou conseguir realizar o meu curso? Enfim, há muitos questionamentos e às vezes essas indagações podem tomar conta de nos-sos pensamentos. Outros podem se debruçar sobre o passado. Gostam de viver as emoções e sentimentos de ou-trora em detrimento do momento atual.
O Senhor nos ensina que o tempo de nossas missões a Ele pertence. Portanto, o princípio que devemos adotar neste tempo é o pleno entendimento que devemos “devotar todo nosso tempo e atenção ao serviço do Senhor”. Este é um tempo dele e não o nosso. Este é um tempo para depositarmos nossa fé e Nele esperar.
Há aproximadamente 1.000 anos antes de Cristo, portanto, há quase 3.000 anos atrás, Salomão, que fora brinda-do pelo Senhor com o dom da sabedoria, assim registrou, em Eclesiastes 3:
1 Tudo tem o seu tempo determinado, e todo propósito debaixo do céu tem o seu tempo:
2 Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
3 Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
4 Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
5 Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
6 Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
7 Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de calar, e tempo de falar;
8 Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
Usar o tempo com sabedoria repousa sobre o princípio de dedicar o dom do tempo e do direito de escolha ao pro-pósito prioritário do momento em que vivemos. Todos conhecemos nosso propósito. Nós o recitamos em cada reunião de distrito; em cada reunião de zona. Manter nossas escolhas centradas no propósito missionário vai per-mitir com que este tempo seja usado com a sabedoria divina, pois este é o tempo que decidimos ofertar integral-mente ao nosso Mestre.
No início deste ano, aprendemos acerca da maior flexibilidade para o horário missionário. Essas mudanças vieram com base nos seguintes princípios: a) Produtividade; b) Sermos nossos próprios árbitros; c) Melhorar a saúde. O objetivo da mudança fora ajudar a todos nós a termos mais tempo para dedicar ao trabalho missionário e ao invés de um horário mais rígido, permitir certa flexibilização na realização da atividade missionária.
Decorrido algum tempo desta mudança, tenho percebido que podemos melhorar ainda mais o uso deste tempo. Flexibilidade do tempo não significa dedicar menos tempo à obra. Espera-se que possamos trabalhar mais e que a mudança nos horários possa ajudar neste propósito.
Exemplificadamente, devemos sair às 10 horas de casa e realizar proselitismo significativo antes do almoço. Te-nho aconselhado vocês a evitarem o retorno para casa após o almoço para o estudo com o companheiro e o es-tudo de idioma. O retorno para casa após o almoço é um forte convite às distrações e a perda do foco. Entendo que em alguns casos possa ser uma alternativa. Porém, não pode e não deve ser a regra e sim a exceção. Não há muita sabedoria em retornar para casa para outras atividades que podem ser realizadas na capela, em casas de membros ou mesmo em praças públicas. Assim, evitem ao máximo retornar para casa após o almoço.
Também entendo que podemos utilizar melhor o tempo pela manhã. Sinto que o uso sábio do tempo vai perm-tir, inclusive, que realizemos o estudo com o (a) companheiro (a) pela manhã. Recomendo que você já esteja pronto (a) para sair às 08:00 horas, no momento do início do estudo pessoal. Após o estudo pessoal, você ainda terá 1 hora, que você pode usar para planejamento e estudo com o (a) companheiro (a). Encorajo-os a fazerem um melhor uso deste tempo.
A ferramenta que você tem para ajudá-lo(a) é o seu planejamento. Cultive o hábito de lançar tudo o que você deseja executar em seu planejamento. Não deixe espaços em branco. Execute o que planejou. Este hábito vai torná-lo (a) um realizador e não um sonhador. Tenha altas expectativas acerca do que você deseja realizar e use esses dois dons com muita sabedoria.
O Senhor planejou a criação desta terra. As expectativas em relação a cada um de nós são elevadas. Ele mesmo disse: “sede vós pois perfeitos como é perfeito vosso Pai que estás nos céus”. O tempo e o Livre arbítrio nos fo-ram dados para planejar e caminhar ao nosso destino eterno.
Eu oro para que vossos corações estejam fincados neste propósito sagrado. Oro para que façam escolhas sábias. Que o horário missionário possa ajudá-lo(a) a ser mais produtivo e mais sábio em suas escolhas. O desejo de tra-balhar mais focado eleva o desejo de batizar e confirmar. Este desejo nos leva ao senso de urgência e nos conduz à senda dos milagres.
Que esta seja uma semana muito produtiva, com muitos batismos de conversos e confirmações.

Com amor,

Presidente Leite

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