Um Batismo É A Porta Que Nos Leva Ao Templo
Amados
missionários,
Há pouco
mais de um ano atrás, Sister Leite e eu tivemos a oportunidade de conhecer o
Silvio e a Raimunda. Hoje eles são membros da ala Rio, Estaca Maracanau.
Lembro-me que conheci o Silvio em uma madrugada que precisei ir ao hospital. Na
semana seguinte ao nosso primeiro encontro, começamos a ensiná-lo juntamente com
a sisters Araujo da Silva e Silêncio. Após algumas semanas ele aceitou o
batismo. Algumas semanas depois, a sua esposa aceitou o batismo.
Decorrido
pouco mais de um ano dessa experiência inesquecível, tornamo-nos amigos muito
próximos de Silvio e Raimunda e nesta semana eles vão ao templo para receberem
suas investiduras e selarem a sua união como marido e mulher. Estamos
extremamente felizes por termos servido de instrumentos nas mãos do Senhor para
que este casal de amigos pudessem se qualificar para receber esta grande
benção!
Esta
experiência e outras mensagens inspiradoras têm me ensinado que precisamos
começar este trabalho tendo um fim em mente. O fim deve ser necessariamente
ajudar nossos pesquisadores e recém conversos a receberem as ordenanças no
templo e lá desfrutarem do poder selador.
Mesmo
nossos queridos jovens que são batizados, eles precisam adquirir a visão de
irem ao templo e lá se tornarem salvadores de suas gerações.
A
doutrina de Cristo engloba o princípio de “perseverar até o fim” e o templo é
um marco neste grandioso esforço.
Porém,
ninguém vai ao templo sem receber a primeira ordenança do evangelho, o batismo.
Adão, nosso primeiro pai foi batizado. Lemos em Moisés 6: 64-65 que ele foi
arrebatado pelo Espírito do Senhor e foi levado para a água e mergulhado na
água e foi tirado da água. E assim, ele foi batizado e o Espírito de Deus
desceu sobre ele.
Nosso
Salvador antes de iniciar o Seu ministério, foi a João Batista e mesmo diante
do constrangimento deste último que manifestou estranheza em administrar a
ordenança do batismo ao próprio Cordeiro de Deus, aprendeu de Cristo que o
Mestre precisava ser batizado para que se “cumprisse toda justiça”.
A
Nicodemos Cristo ensinou que aquele que não nascesse da água e do Espírito não
poderia entrar no Reino de Deus.
É por
meio do batismo, seguido da fé e do arrependimento, que conseguimos nos limpar
de nossos pecados e iniciar uma vida nova. É por meio do batismo que
demonstramos publicamente o início de nossa jornada de retidão.
Precisamos
desejar levar mais e mais pessoas para o início desta jornada, por meio do
batismo, tendo em mente que este passo não é um fim em si mesmo, mas sim o
começo da jornada.
Quando
nos batizamos na Igreja e iniciamos a jornada de retidão, assumimos o encargo
de nos tornar um “elo forte” dentro de nossa família e gerações, tanto passadas
quanto futuras. Assumimos o encargo de contribuir para ligar toda a família
humana. Este elo que une as gerações por todo o tempo e eternidade não se forma
apenas com o batismo mas é ali que tudo tem o seu início.
Um recém
converso que aprende sobre o templo e compreende a doutrina do poder selador e
sobre a sua responsabilidade de se tornar este elo forte, vai abençoar seus
ancestrais e sua posteridade.
Ao fazer
a minha história da família conheci um tetravô de nome Antonio Remígio
Cerqueira Leite. Ele era um líder religioso na Igreja Presbiteriana e também um
advogado. Eu me identifiquei muito com ele. Ao conhecer mais sobre a sua
história, aprendi que após a promulgação da Lei Áurea, que aboliu a escravidão
no Brasil, em 13 de maio de 1888, ele prestava consultoria gratuita aos
escravos para ajudá-los a entender seus direitos e assim conquistar sua
liberdade.
No
século XIX as leis editadas não eram facilmente conhecidas, pois inexistia
meios de comunicação em massa como nos dias atuais. As pessoas, portanto,
não conheciam seus direitos. Desta forma, muitos escravos, apesar de
livres por direito, ainda continuavam escravos. Este meu antepassado dedicava
tempo para ajudar essas pessoas humildade a conseguirem a sua liberdade.
Eu vejo
nesta história de um ancestral, um legado que me inspirou. Hoje, sinto-me mais
motivado a participar do trabalho de ajudar outros a conhecerem o caminho da
liberdade ajudando-os a virem a Cristo.
Sua
conduta, porém, não era bem aceita pelos fazendeiros proprietários de escravos.
Revoltados com Antonio Remígio, alguns fazendeiros contrataram matadores e numa
emboscada, ao final da noite, assassiram este meu antepassado.
Esta
história é um exemplo de conexão que tenho com meus antepassados. Ao conhecer o
evangelho, ser batizado e aprender sobre o templo, meu coração se voltou a este
antepassado e eu tive a benção de encaminhar os seus dados ao templo e por ele
realizar as ordenanças salvadoras.
A isso
eu chamo de “elo forte”. Quando perserveramos na doutrina de Cristo,
conseguimos abençoar nossos ancestrais e posteridade.
Sem este
“elo forte”, baseado na retidão, perseverança, ainda que imperfeitos, o coração
dos pais não se voltaria aos filhos tampouco o coração dos filhos não se
voltaria aos pais. Aprendemos na Seção 2 de Doutrina e Convênios que sem o
poder selador, a terra seria destruída à época da segunda vinda de Cristo.
Aprendemos em Malaquias 4:1 que sem sermos este elo forte não haveria raiz nem
ramo. Noutras palavras, não haveria o poder selador que nos unisse a nossas
raízes ou ancestrais, tampouco à nossa posteridade, nossos ramos.
Esta
obra maravilhosa de ligar as gerações por meio do poder selador tem início com
o batismo!
Por isso
que é tão importante ter senso de urgência para batizar. Buscar as pessoas
tendo um fim em mente, qual seja, levá-las ao templo para que elas se tornem
elos fortes dentro de suas famílias e gerações, podendo abençõar suas raízes e
ramos, mesmo seus ancestrais e posteridade.
Eu oro
para que tenhamos constantemente em nossos corações a visão deste glorioso
trabalho de salvação. Uma alma que se batiza, permanece no rebanho, vai ao
templo e lá realiza as ordenanças de exaltação, torna-se um salvador de suas
raízes e ramos.
Precisamos
desejar encontrar mais salvadores. Precisamos trabalhar duro, sem esmorecer, na
busca desses elos que se tornarão fortes. Precisamos ser obedientes para termos
o Espírito conosco, que vai nos guiar neste trabalho. Precisamos manter o foco
neste grandioso trabalho e fugir das distrações, que nos fazem perder tempo.
Precisamos batizar sempre mais e ajudar nossos queridos irmãos a permancer no
rebanho.
Neste
final de semana foram 44 novas almas que deram início à jornada de retidão.
Precisamos envolver os membros para que essas almas permaneçam firmes e se
tornem elos forte, mesmo salvadores.
Obrigado
por tudo que fazem. Eu amo trabalhar com vocês e ser parte desta obra. Sister
Leite e eu amamos vocês e temos uma profunda admiração pelo serviço maravilhoso
que prestam.
Vamos
adiante, com determinação e senso de urgência, na construção de elos fortes,
batizando e ajudando a conectar gerações por todo o tempo e eternidade.
Com
amor,
Presidente
Leite
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