O poder do Livro de Mórmon


Amados missionários,
 Fui batizado no dia 26 de fevereiro de 1977. Era um sábado, em torno de 18:00 horas. Um bispo muito atencioso de nome Luiz de Souza Pinto, que servia na Ala 2 de Campinas -SP, batizou a mim e a minha irmã, naquela mesma tarde.
Lembro-me que ao trocar de roupas para retornar à reunião batismal, eu tive um sentimento de pureza muito grande. Ao lembrar-me deste momento, sinto ter ouvido uma voz que me disse: “você está no caminho certo”. Esta impressão espiritual foi muito forte e me lembro dela até hoje.
Também me lembro da primeira vez que li o Livro de Mórmon. Lembro-me que não conseguia parar de lê-lo. Eu me sentia como quem acabara de encontrar um tesouro e de fato tinha encontrado! Lembro-me que ao ler em Mosias 5:2 acerca do Poder do Espírito Santo que produzia em nossos corações uma vigorosa mudança de modo que não teríamos mais o desejo de praticar o mal mas o bem continuamente, o meu coração de se encheu da certeza sobre a veracidade do Livro de Mórmon, pois era justamente como eu me sentia.
A leitura do Livro de Mórmon, meu batismo, produziram em mim tamanha impressão espiritual que apesar da minha tenra idade eu pude saber, como todo meu ser, que eu estava lidando com as coisas de Deus.
Essas impressões se repetiram em muitas outras ocasiões ao longo da minha vida, mas nunca vou me esquecer da experiência e do poder do Livro de Mórmon, ao lê-lo pela primeira vez e da minha experiência batismal. Esses sentimentos, seguidos de experiências sagradas têm alicerçado o meu testemunho, de modo a inspirar-me bem como à minha família, despertando em nós o desejo de servir a Deus e fazer o que pudermos para estabelecer o seu Reino.
O Livro de Mórmon é a pedra fundamental da Igreja. Ele testifica sobre Jesus Cristo e contém a plenitude do Evangelho. Por seu intermédio, doutrinas  preciosas foram esclarecidas, como a expiação, a vida pré-mortal, o mundo espiritual e, em especial, a Doutrina de Cristo, manifestada em diversas partes do Livro. Precisamos lê-lo continuamente. Encontrar as respostas às dúvidas dos pesquisadores. Abrir nossa visão e fortalecer a nossa fé.
É essencial que ajudemos os pesquisadores a lerem o Livro de Mórmon. Pregar Meu Evangelho, na página 114 ensina:
“Você pode ajudar os pesquisadores lendo o Livro de Mórmon com eles. Ore por ajuda ao escolher passagens que abordem as dúvidas e problemas que eles tiverem. Você pode ler com eles como parte de seu ensino ou durante uma visita de acompanhamento. Também pode combinar com os membros para que leiam com os pesquisadores”.
Hoje, com mais maturidade, quando leio o Livro de Mórmon, eu fico ainda mais tocado e impressionado com os seus ensinamentos e como ele chegou até nós. Eu tive a oportunidade de visitar a gráfica onde o Livro de Mórmon foi impresso. Que desafio foi para Joseph Smith conseguir imprimir 5.000 cópias do Livro de Mórmon. Ele precisou emprestar os recursos de Martin Harris, que hipotecou a sua fazenda para custear a impressão.
Há textos no Livro que são verdadeiras poesias. Ao ler 2º Néfi 4 e me deparar com textos como:
28 Desperta, minha alma! Não te deixes abater pelo pecado. Regozija-te, ó meu coração, e não dês mais lugar ao inimigo de minha alma., sinto o imenso desejo de assim fazer, e ser melhor.
Ao ler o Capítulo 5 de Alma em que o poderoso profeta nos leva a uma introspecção poderosa, eu também sinto o poder penetrante daqueles questionamentos.
Quando leio em 2º Néfi 31 que devemos prosseguir com firmeza em Cristo e ter um “esplendor de esperança” , eu consigo entender melhor a diferença entre ter fé em Cristo e ter esperança ao longo do caminho do discipulado.
Em Mosias 3 aprendemos que o homem natural é inimigo de Deus e mudará esta condição somente mediante o influxo do Espírito Santo, que lhe será concedido ao aplicar a doutrina de Cristo em sua vida.
A visita do Salvador às Américas e seu encontro com Néfi, aquele que profetizou sobre a sua vinda é muito tocante. Fico imaginando a cena do Senhor chamando a Néfi e Néfi, Dele se aproximando
18 E aconteceu que ele falou a Néfi (pois Néfi achava-se no meio da multidão) e ordenou-lhe que se aproximasse.
19 E Néfi levantou-se e, adiantando-se, inclinou-se perante o Senhor e beijou-lhe os pés.
 20 E o Senhor ordenou-lhe que se levantasse. E ele levantou-se e pôs-se diante dele.
 21 E disse-lhe o Senhor: Dou-te poder para batizar este povo, quando eu tiver novamente subido ao céu.
 Os que lutam contra as verdades do Livro de Mórmon e que sustentam que ele é uma farsa e de autoria de Joseph Smith, precisam defender o ponto que ele, Joseph, era, ao mesmo tempo: poeta, historiador, psicólogo, geógrafo, economista, cientista político, teólogo, estrategista militar  e um exímio escritor, tudo isso aos 24 anos de idade, morando no interior do Estado de Nova York, em uma fazenda e longe de qualquer centro mais desenvolvido.
Precisam admitir que Joseph não tinha qualquer amor por sua esposa e filhos, pois os expôs a inúmeras perseguições. Precisam admitir que Joseph não tinha bom senso, pois bastaria atravessar o rio Mississipi e chegar ao Estado de Iowa para fugir do risco da morte.
Precisam admitir que ele conseguiu enganar pessoas de boa reputação na sua comunidade ao colher deles, depoimentos escritos de terem ouvido a voz de Deus e tocado as placas.
Precisam admitir que ele não tinha qualquer consideração por sua famíla, em especial eu irmão Hyram Smith, pois quando ambos se dirigiam para a cadeia de Carthage, no Estado do Missouri, Hyram citou parte do trecho de Éter 12:37, dizendo: “tu tens sido fiel; portanto, tuas vestes se tornarão limpas. E porque viste a tua fraqueza, serás fortalecido até que te sentes no lugar que preparei nas mansões de meu Pai.”
Encontrar consolo em um texto supostamente fictício, lido por seu irmão, que corria perigo de vida e que de fato veio a ser assassinado com Joseph, é uma conduta perversa que não se alinha com o teor, ensinamentos profundos e tudo que o Livro de Mórmon contém.
Não consigo imaginar alguém prestes a dar sua vida conseguir se inspirar em uma mentira. Eles sabiam da veracidade do Livro de Mórmon. Sabiam de seu poder. Sabiam que milhões de vidas seriam mudadas pelo poder do Livro e concordaram morrer pela causa que dedicaram suas vidas.
A verdade posta aos nossos olhos é que “O Livro de Mórmon” é verdadeiro. Ele contém a plenitude do Evangelho. Eu sei que ele é verdadeiro não por argumentos lógicos e claros, mas pelo poder do Espirito Santo, que me revelou a verdade dessas coisas. Eu presto testemunho da veracidade deste livro, um outro testamento de Jesus Cristo.
Ele é um registro sagrado que chegou até nós por meio de um Profeta de Deus, cujas placas recebeu de Moroni, em cumprimento à profecia de Apocalipse 14: 6 “Então vi outro anjo, que voava pelo céu e tinha na mão o evangelho eterno para proclamar aos que habitam na terra, a toda nação, tribo, língua e povo.
Eu os desafio a lerem o Livro de Mórmon. Eu os desafio a fortalecerem o seu testemunho sobre este livro poderoso. Leiam o Livro com seus pesquisadores. Ajude-os a terem um testemunho sobre a pedra fundamental da Igreja.
Este livro me inspira a ser melhor, ele me aproxima mais de Deus e vai ajudá-lo(a) bem como a todos os nossos pesquisadores a terem um testemunho sobre Cristo e de sua doutrina. Presto meu testemunho sobre essas coisas.
Com amor,

Presidente Leite

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